Orientação aos pacientes oncológicos sobre a febre amarela
Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica
orienta pacientes oncológicos sobre a vacinação contra a febre amarela
O
aumento do número de casos de febre amarela no Brasil tem gerado grande
preocupação junto à população e, consequentemente, lotado os postos de saúde na
busca pela vacina. Tendo em vista este cenário de alerta na saúde pública, a
Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) reuniu orientações e
precauções para um público que, muitas vezes, apresenta um quadro imunológico
fragilizado: o paciente oncológico.
Segundo
o Dr. Rodrigo Munhoz, Diretor da SBOC, cresce diariamente o número de pessoas
com câncer que vem aos consultórios médicos para perguntar se deve ou não tomar
a vacina. "De forma geral, a orientação é que os riscos e benefícios da
vacina devem ser discutidos individualmente pelo paciente com seu oncologista.
Trata-se de um assunto de extrema importância para o paciente oncológico, uma
vez que a imunização tem algumas particularidades nessa população",
explica.
No
entanto, segundo o Dr. Munhoz, em alguns cenários específicos, é recomendável
evitar a vacinação contra a febre amarela:
-
Pacientes recebendo quimioterapia venosa ou oral, ou ainda terapia-alvo,
(exceto rituximabe e obinutuzumabe), não devem receber a vacina durante o
tratamento e por até 3 meses após o término do mesmo;
- Pessoas em tratamento com medicamentos como
rituximabe, obinutuzumabe ou imunoterapia, bem como aquelas tratadas com
fludarabina, não podem receber a vacina durante e por até 6 meses após o
término do mesmo;
-
Pacientes com histórico de transplante de medula óssea não devem receber a
vacina por até 24 meses após o transplante. A vacina pode ser realizada apenas
naqueles sem evidências de doença enxerto-versus-hospedeiro e fora de uso de
medicamentos imunossupressores;
-
Paciente em uso de corticoides em doses imunossupressoras, usadas para diminuir
ou impedir que o organismo apresente resposta imune, não devem receber a vacina
durante o tratamento e por até 4 semanas após o término do mesmo;
-
Indivíduos com mais de 60 anos e aqueles que apresentam outros problemas de
saúde, histórico de alergias (sobretudo a ovos ou gelatina) ou reações prévias
a vacinas devem consultar um profissional médico antes de receber a vacina.
Andréa Guardabassi para Destak Saúde/Saúde Repórter



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