O consumo de álcool por jovens e adolescentes vem crescendo ao longo dos anos
A grande preocupação dos órgãos de saúde pública está relacionada a ingestão de bebidas alcoólicas em todas as faixas etárias, principalmente em menores de idade. O uso abusivo de álcool, nesta época do ano, pode levar a quadros de intoxicação alcoólica, caracterizada por náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal, desorientação e até mesmo à morte.
Segundo
a Organização Mundial da Saúde, o álcool é a droga mais usada no Brasil e no
Mundo, e o consumo da bebida por jovens e adolescentes vem crescendo ao longo
dos anos.
O
álcool diminui a concentração, promovendo o relaxamento e desconcentração
principalmente em relação às questões preventivas, com a prática sexual sem
preservativos, ocasionando doenças sexualmente transmissíveis, como a Aids e
Sífilis. Segundo os especialistas as doenças mais comuns nessa época do ano são
Gonorreia, uretrite gonocócica e não gonocócica, sífilis primária, cancro mole,
corrimentos na mulher, vaginite e trichonomas.
A
dra. Amara Alice Darros, médica psiquiatra do Seconci-SP, explica que em
períodos festivos como o Carnaval é muito comum que as pessoas fiquem ansiosas
e mais propensas a agir por impulso, o que pode gerar exageros ou atitudes
impulsivas gerando arrependimento futuro.
"Por isso, é importante que a pessoa faça uma reflexão e pondere se
vale a pena se expor às situações que favorecem o acesso a determinadas
substâncias e consequente consumo descontrolado".
"As
drogas consideradas licitas, como a cerveja e bebidas destiladas (vodka,
cachaça, rum etc) na maioria das vezes estão presentes em situações de
confraternização ou festas. Por este motivo, existe um grande apelo pelo seu
consumo. Diante disso, quando a pessoa sabe que não consegue evitar ou fazer o
uso com moderação, o indicado é fugir da situação de exposição", comenta a
psiquiatra.
A
coordenadora do Serviço Social do Seconci-SP, Angela Nogueira Braga da Silva,
responsável pelos Grupos de apoio da entidade que ajuda pessoas que realizam
tratamento de transtornos psicológicos e de dependência química, ressalta que
muitas pessoas associam o vício a drogas com alto poder viciante, como a
cocaína e o crack, por exemplo. Porém, de acordo com Angela, é importante
também que os trabalhadores considerem o perigo da compulsão também com relação
às drogas lícitas e de fácil acesso, como o álcool e o fumo.
Para
se ter uma ideia do poder da bebida alcoólica, no corpo humano, a ingestão de
três latas de cerveja ou 1,5 dose de uísque equivale a 0,6 a 0,9 grama de
álcool por litro de sangue. E já é o suficiente para provocar estado de
euforia, com redução de atenção e julgamento.
A
dra. Amara salienta que as pessoas não precisam deixar de aproveitar momentos
em família ou entre os amigos, mas antes de fazer o uso de qualquer substância
é importante pensar se realmente ela precisa disso para aproveitar o momento.
O
Seconci-SP conta com Grupos de Apoio, totalmente gratuitos, liderados por
diversos especialistas da entidade, que visam o auxílio a trabalhadores e seus
familiares que estão tentando abandonar ou controlar o uso de drogas e álcool.
Os interessados em obter mais informações dos Grupos, podem ligar nos telefones
(11) 3664-5065 ou 3664-5814.
Andréa Guardabassi para Destak Saúde/Saúde Repórter



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