Brasileiros querem viver muito e envelhecer com saúde
73% dos brasileiros pretendem alcançar 85 anos com
saúde, enquanto menos da metade, efetivamente cuida da saúde de forma
preventiva
A edição 2017 do levantamento
nacional realizado pelo Instituto Qualibest, intitulada "Como os brasileiros encaram o envelhecimento”, com
703 entrevistados em 51 cidades brasileiras, mostrou a percepção do
envelhecimento entre os jovens e as pessoas com mais de 50 anos.
Os brasileiros desejam envelhecer
com saúde e pretendem viver até os 85 anos, superando a expectativa de vida atual,
que é de 75,5 anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Mas a maioria não adota um estilo de vida que contribua para alcançar esse
objetivo, com exercícios físicos regulares, alimentação equilibrada e cuidados
preventivos. Por outro lado, grande parte da população está convencida de que
esses hábitos poderiam contribuir para uma maturidade saudável. Essas são
algumas das conclusões da pesquisa.
Para a Dra. Rita Ferreira, médica
psiquiatra do Instituto de psiquiatria da USP, o problema do brasileiro é
predomínio do pensamento mágico, que deseja uma pílula que seja capaz de resolver
tudo sem grandes esforços. “Esse pensamento é muito brasileiro e muito
complicado também. Eu prescrevo atividade física para todos os meus pacientes e
apenas cerca de 10% seguem a minha orientação”, lamenta a psiquiatra.
A maioria dos entrevistados, ou
92% da amostra, afirma que sente medo de envelhecer. E, para esse grupo, os
problemas de saúde, destacados por 70% dos participantes, são o aspecto mais
temido quando pensam em maturidade. As limitações físicas, assinaladas por 64%,
e os problemas com a memória, ressaltados por 55%, também chamam a atenção. As
preocupações financeiras foram mencionadas por 45% dos participantes.
Mais de 70% dos
entrevistados afirmam que o envelhecimento não é motivo de vergonha e essa
percepção é mais acentuada entre aqueles com 51 anos ou mais. Apenas 22%
dos participantes se dizem constrangidos com a maturidade e, para essa parcela,
os principais motivos seriam a dependência para a locomoção, mencionada por
64%, bem como a necessidade de auxílio para atividades rotineiras (60%) ou para
complementar o orçamento (51%).
As diferenças entre as gerações
também se expressam em seus pontos de vista sobre a própria maturidade.
Enquanto 32% das pessoas com 51 anos ou mais afirmam que ficar mais velho está
sendo melhor do que imaginavam, apenas 24% dos participantes de 18 a 25 anos
compartilham dessa percepção. Ao contrário: 22% do grupo mais jovem diz que a
experiência está sendo pior do que o esperado. Preocupações financeiras e
aumento das responsabilidades explicam a visão negativa dos mais novos.
Fonte: Pfizer, Instituto Qualibest




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