Psoríase: uma doença pouco conhecida que afeta 3 milhões de brasileiros

A psoríase é uma doença de pele crônica e inflamatória, não contagiosa, que tem origem quando o próprio organismo faz com que células da pele comecem a se renovar muito rapidamente. Esse processo de renovação acelerado pode ser até oito vezes mais rápido que o normal, causando lesões avermelhadas, coceiras, descamações e dor.  No mundo, a psoríase acomete mais de 125 milhões de pessoas, tanto homens e mulheres, em qualquer idade, podendo manifestar-se na infância ou na vida adulta. Por ser uma doença externa e muita vezes em partes que ficam expostas, os portadores da doença sofrem com o preconceito, que muitas vezes é mais impactante do que os próprios sintomas da doença. A doença pode aparecer de diversas maneiras, mas o seu tipo mais comum é a psoríase em placas, que afeta 90% dos pacientes. A psoríase é considerada grave quando atinge mais de 10% da superfície do corpo ou regiões mais sensíveis e expostas, como mãos e face, o que traz ainda mais impacto na qualidade de vida. O preconceito que as placas e descamações trazem grandes impactos na qualidade de vida dos pacientes, gerando constrangimento e problemas de autoestima e sociais, por conta do constrangimento na exposição de partes afetadas do corpo para outras pessoas. A psoríase não tem cura. Os sintomas podem desaparecer e voltar após um período não determinado de tempo, e assim seguir por toda a vida. Tratamentos e cuidados corretos podem manter a qualidade de vida e controlar a doença, que vão desde utilização de medicamentos de uso tópico até imunobiológicos. Um terço dos portadores de psoríase possuem casos da doença na família e pode ser facilmente confundida com outras doenças de pele como alergias, micoses e caspas, quando acomete o couro cabeludo. O médico dermatologista é o especialista em pele que poderá pedir os exames necessários para o correto diagnóstico e tratamento.

Além dos problemas psicológicos e emocionais desencadeados pelo estigma em torno da doença, a psoríase nunca está sozinha, pois em casos graves, os portadores têm chances elevadas de desenvolver diabetes, colesterol alto, obesidade, derrame e ataque cardíaco.